O TRABALHADOR INDÍGENA, ESSE DESCONHECIDO

Miguel Antonio Akel Neto
Licenciado em História pela Universidade Federal do Amazonas (2017), Mestrando em História Social da Amazônia pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Pará, sob a orientação do Professor Doutor Márcio Couto Henrique, com Bolsa de fomento pela CAPES.

Resumo:

Este texto busca discutir a respeito invisibilidade dos povos indígenas dentro dos Mundos do Trabalho, em especial na Amazônia, onde são numericamente expressivos e ainda assim suas ações e trajetórias são ofuscadas pela historiografia tradicional.

Palavras-chave: Povos Indígenas; Mundos do Trabalho; Trabalho Indígena;
Amazônia.



Comentários

  1. Parabéns pelo trabalho, uma discussão muito importante. Lendo o teu trabalho fiquei muito curiosa em saber um pouco mais sobre como se deu o processo de inserção dos povos indígenas ao trabalho livre.

    Em teu texto, você comenta que "Fazer uma História dos povos indígenas é, também, fornecer uma nova visão sobre a História do Brasil", queria que comentasse um pouco sobre como os povos indígenas tem adentrado o espaço da história ocidental e tem feito uma história já não SOBRE os povos indígenas, mas uma história NA perspectiva indígena.

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    1. Sobre a inserção dos indígenas no mundo do trabalho livre, é algo que ainda requer mais pesquisas. Durante muito tempo predominaram modalidades de exploração que em nada se assemelham ao que entendemos hoje como "trabalho livre". Uma das coisas que estou propondo na minha pesquisa de mestrado é justamente compreender melhor os processos que giram em torno da mão de obra indígena no século XIX. Mas uma coisa que pode-se dizer a respeito dessa inserção é que se deu muito mais por necessidade das elites e autoridades do que por vontade dos indígenas. Agora sobre o lugar dos povos indígenas na História, ainda vejo como grande o apagamento sofrido por estes, embora muita coisa já tenha mudado nos últimos tempos. Sobre "uma história NA perspectiva indígena", a principal questão, ao meu ver, é como fazer isso partindo de fontes produzidas por não-indígenas. É um dos grandes desafios que ainda enfrentamos, principalmente para quem pesquisa os séculos anteriores ao XX.

      Miguel Antonio Akel Neto

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  2. Muito bom seu texto. Que possamos ampliar nossos conhecimentos sobre nossos ancestrais.

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    1. Muito obrigado. Também espero que as pesquisas no âmbito da História Indígena e do Indigenismo possam continuar avançando cada vez mais.

      Miguel Akel

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  3. Vc pode explicar a diferença entre história Indígena e indigenismo?

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    1. Caso seja OUVINTE/LEITOR não esqueça de digitar seu nome completo ao fim da pergunta para contabilizar presença no evento

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    2. Bom, de maneira bem sucinta, a História dos Povos Indígenas vai ter como foco os indígenas e suas ações, enquanto a História do Indigenismo vai tratar mais sobre ações de não-indígenas no que diz respeito aos indígenas. E são questões que quase sempre aparecem juntas, por isso se usa muito as duas temáticas juntas.

      Miguel Antonio Akel

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  4. Quais seria as estratégias para a efetivação do protagonismo indígena no mundo do trabalho e na sociedade?
    Marcos José Soares de Sousa

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  5. Olá, acredito que é importante darmos ouvidos ao que os próprios indígenas falam a seu respeito. Mas na impossibilidade disso (como em períodos no qual não existem documentação produzidas por indígenas), é importante olhar para as fontes e buscar, da melhor forma possível, destacar o protagonismo dos indígenas, mas tomando sempre o cuidado para não trata-los como vitimas ou indivíduos passivos diante das ações de não-indígenas.

    Miguel Antonio Akel Neto

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