‘’IGREJA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DOS HOMENS PRETOS: ENSINO DE HISTÓRIA E A EDUCAÇÃO PATRIMONIAL EM SALA DE AULA’’

Cibelle de Cássia Soares Franco
Graduada em Licenciatura em História pela Escola Superior Madre Celeste (ESMAC) – 2021, com a monografia titulada em: A PARIS N ́AMÉRICA É ‘’CHIC’’: Memórias da loja emblemática da Belle Époque em Belém (1909-1914), sob orientação da Profa. Me. Sandra Regina Alves Texeira. Tem experiência na área de História e de Educação, com ênfase em História, atuando principalmente nos seguintes temas: Patrimônio Histórico, Paris N ́América, Belle Époque, Memória, Educação Patrimonial.
Lattes: http://lattes.cnpq.br/2517959230137910
Email:cibellefranco1999@gmail.com

Erika Fabíola Ribeiro Dias
Graduada em Licenciatura em História pela Escola Superior Madre Celeste (ESMAC) – 2021, com a monografia titulada em: TRABALHADORAS INVISIVÉIS: uma análise sobre os trabalhos informais após a abolição da escravatura em Belém do Pará no século XIX. Membro do grupo de pesquisa história do tempo presente na Amazônia. Tem experiência na área de História, com ênfase em gênero.
Lattes: http://lattes.cnpq.br/5260172964229157
Email: ef5062654@gmail.com

Resumo:
Este artigo propõe uma discussão sobre as possibilidades de articulação entre o ensino da história e o ensino da educação patrimonial. Assim, serão discutidos conceitos de educação, história, memória, educação patrimonial, identidade e patrimônio. Este trabalho retrata como a educação patrimonial
pode ser realizada através da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos.

Palavras-chave: educação patrimonial, ensino de história, identidade, patrimônio histórico.


Comentários

  1. Boa tarde!
    Primeiramente parabéns pelo texto, temática super interessante e necessária dentro dos estudos históricos.
    Gostaria de saber como vocês enxergam a contribuição da Igreja N. Sra. do Rosário para a construção de uma memória pública/coletiva?

    Muito sucesso a vocês!

    Pergunta feita por Nikolas Corrent.

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    1. Agradeço pelo elogio.

      A Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos ainda é apagada em boa parte da memória da população belenense, mas há uma memória coletiva por conta de várias memórias individuais referente ao patrimônio. Contudo, parte dos belenenses reconhecem a sua historicidade, a representatividade e todo o processo da sua edificação. O local é tombado pelo IPHAN, entretanto, é um patrimônio pouco requisitado e ocasiona um apagamento da história da igreja, parte da população não o reconhece e pode explicar este ocorrido através da falta de investimento da educação patrimonial e do incentivo do governo.

      A memória coletiva é um processo de interação social, passando por um compartilhamento de memórias, a partir das memórias individuais que se tornam memórias coletivas. Ou seja, casa indivíduo possui uma identificação com o patrimônio e dessa maneira se torna uma memória coletiva.

      Todo patrimônio carrega memórias e histórias, mas a igreja vai além desse fato, pois ela carrega representatividade e de residência de um povo deixado a margem do convívio social e cultural. Logo, o local mostra que haviam pessoas que compartilhavam cultura e lazer que iam além da população supremacista da época. Neste a igreja os ex escravizados e os escravizados passaram a exercer a sua fé, haja vista que as igrejas que foram construídas eram para um certo grupo social.

      É importante ressaltar que essa igreja antes era uma capela, mas foi ampliada por ex escravizados e escravizados para que pudesse acolher a população da freguesia da campina. É de pertinência ressaltar uma história que ainda é invisível dentro do estudo da história e do patrimônio histórico.

      Assinado: Cibelle de Cássia Soares Franco/ dupla com Erika Fabíola Ribeiro Dias

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  2. Boa tarde! Parabenizo pelo excelente texto, também gosto muito desta temática em relação ao estudo de patrimônios históricos, gostaria de saber como poderia ser abordadas as construções históricas, no caso as igrejas católicas do munícipio, a nível de educação patrimonial aos alunos de 8º ou 9º, para que possam compreender historicidade e os valores de patrimônios históricos?

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    1. Olá, em nome da dupla agradeço pelos elogios ao texto. Com relação a pergunta, a priori, penso que para uma turma de 8° e 9° ano seria interessante trabalhar as relações de identidade cultural, com o objetivo de instigar os alunos a pensarem a partir da historicidade do patrimônio, o processo de resistência social de alguns sujeitos que fizeram parte da construção da igreja. Para isso, trabalharia algumas imagens da igreja que foram colocadas durante todo o texto, para levantar alguns debates sobre a importância desse patrimônio para discutir questões como a representatividade, o sincretismo religioso e resistência social.

      Assinado: Erika Fabíola Ribeiro Dias, dupla com Cibelle de Cássia Soares Franco

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  3. Olá, primeiramente gostaria de parabenizar a dupla pelo excelente texto acerca do debate sobre o conhecimento patrimonial. Gostaria de saber como agregar esses conhecimentos sobre patrimônio histórico, no ensino fundamental para quê os alunos tenha um entendimento sobre essa temática?
    Pergunta feita por Karoline Campelo.

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    1. Existem diversas possibilidades de trabalhar a temática patrimonial em sala de aula. O ensino fundamental é uma série que se pode ter criatividades, pois é um rede de alunado que ainda estão na transição da infância para a adolescência e são curiosos para aprender e conhecer assuntos que vão além da história oficial abordada em sala de aula.

      Promover passeios para conhecer os patrimônios da cidade é uma forma de trabalhar esta temática. Nesse sentido, os alunos podem ter uma visão realista, além de tocar e sentir. Estes processos servem para que os educandos podem ter um entendimento ampliado e adequado, proporcionando uma identificação com a historicidade, com os objetos que estão presentes no local.

      É necessário ressaltar que a Igreja de Nossa Senhora dos Homens Pretos é diferenciada, pois apresentam imagens de santos negros e que causam impacto em que visualiza, pois a população está acostumada a frequentar igrejas com predominância de santos brancos. Portanto, é uma das maneiras de fazer com que os alunos possam refletir sobre a diversidade étnica, a representação e o sincretismo religioso.

      No ambiente escolar, pode trabalhar imagens e vídeos com a contextualização anterior, para provocar uma reflexão sobre a representação da igreja para um povo e a sua característica distinta em relação a outras igrejas construídas no mesmo período. Além de peças teatrais, que estimula a criatividade e proporciona um conhecimento de forma mais divertida, tendo em vista que estes alunos ainda não atingiram a fase da adolescência e adulta.

      Assinado: Cibelle Franco e Erika Dias

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  4. Prezadas autoras, parabéns pelo trabalho!
    Ao ler o texto e ver a expressão patrimônio material, fiquei pensando que talvez fosse interessante utilizar somente patrimônio cultural, pois o trabalho transborda o material dialogando com o imaterial. Faço esse comentário à título de sugestão futura.
    Abraços,
    Tathianni Cristini da Silva

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    1. Obrigada pela a sugestão, é se suma importância para a temática na qual estamos abordando. Agradecemos o tempo dedicado ao nosso trabalho, estamos felizes.

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. olá, parabéns pelo trabalho!

    Entende-se que a cultura afro-brasileira enquanto patrimônio cultural faz parte da historia, memoria e da cultura brasileira. Nesta perspectiva qual a importância do professor na colaboração de propiciar aos estudantes de conhecer o patrimônio cultural Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos?

    Att: Liliane Rodrigues de Araújo

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