ESTUDOS SUBALTERNOS, FONTES HISTÓRICAS E A VIOLÊNCIA RURAL

José Rodrigo de Araújo Silva
Doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Pernambuco sob orientação da Professora Dr.a Christine Rufino Dabat. Mestre em História pela Universidade Federal da Paraíba e graduado em História pela Universidade de Pernambuco. Pesquisador do Grupo de Estudos Trabalho e Ambiente na História das Sociedades Açucareiras.

Resumo:

O grupo indiano Subaltern Studies, tinha como objetivo problematizar o lugar dos grupos subalternos silenciados em documentos e “discursos oficiais” produzidos pelo Estado e pela historiografia oficial. Neste artigo, propomos discutir a contribuição desses estudos para a análise de fontes judiciais e policiais sobre trabalhadores rurais no Brasil (1950-1960).

Palavras-chave: Estudos Subalternos, Fontes, Violência, Trabalhadores Rurais.


Comentários

  1. Boa tarde!
    Parabéns pelo texto, leitura dinâmica e bem desenvolvida.
    Como foi pesquisar visando a desconstrução de discursos ditos oficiais? Quais foram os desafios e percalços enfrentados no decorrer da pesquisa?

    Muita sorte e sucesso a você!

    Pergunta feita por: Nikolas Corrent.

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  2. Olá, Nikolas, agradeço a leitura e as considerações. De fato, é um desafio pesquisar nos acervos e documentos ditos oficiais, ainda mais quando se tratam de natureza jurídica e policial. Sobre a questão da desconstrução do discurso oficial a respeito da violência rural, por exemplo, acredito que não é uma tarefa fácil, tendo em vista o silenciamento do próprio Estado nos registros desses casos. Há uma subnotificação dos números que pode ser percebida através do cruzamento com outras fontes, sobretudo nos relatos orais. Quando os casos são notificados, é muito comum encontramos apenas a versão dos latifundiários ou agentes da violência executada. Além das ausências e dos silêncios, outro grande desafio na pesquisa é o acesso ao material e as condições de preservação desses documentos. Muitos desses processos foram descartados ou danificados ao longo dos anos, o que reforça a necessidade de uma política mais eficiente de conservação. No mais, obrigado mais uma vez e sucesso na sua jornada.
    José Rodrigo de Araújo Silva

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