DINÂMICAS ECONÔMICAS NO BAIXO AMAZONAS COLONIAL (1790-1822)

 Alice Maria Teixeira McDaniel

Mestranda no Programa de Pós Graduação em História Social da Amazônia na Universidade Federal do Pará.


RESUMO: O objetivo deste texto é discutir alguns aspectos que favoreceram o “boom” econômico nas localidades de Monte Alegre, Óbidos, e principalmente Santarém em finais do período colonial. Considera-se questões fundamentais: a consolidação da economia cacaueira e a rearticulação de hierarquias agrárias e da estrutura produtiva na região.

PALAVRAS-CHAVE: Economia. Baixo Amazonas. Amazônia colonial. Séculos XVIII-XIX.


Comentários

  1. Olá,
    Primeiramente, parabéns pelo trabalho. A economia cacaueira na região amazônica nesse período, e ao longo do século XIX, ainda é uma temática pouco estudada. Conheço o trabalho de conclusão de curso, História-UFPA, de Isis Bem Ferreira: " 'No Amazonas onde o cacau é infinito': o cacau e a Amazônia no período pós-Companhia de Comércio (1777-1822)" (2021). E sobre o século XIX o trabalho do Doutor José Bezerra: "A CULTURA DO CACAU NO GRÃO-PARÁ OITOCENTISTA: UMA NOTÍCIA HISTÓRICA" (2020) (disponível em: http://www.ihgp.net.br/revista/index.php/revista/article/view/194).

    Gostaria de saber se ao longo de sua pesquisa conseguiu encontrar vestígios da dinâmica daqueles agentes que trabalhavam com a extração do cacau.

    Desde já, agradeço a resposta.

    Wendell P. Machado Cordovil

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  2. Olá, Wendell.

    Muito obrigada por fazer a leitura do meu texto. Um dos meus principais objetivos nesta pesquisa, além de buscar compreender a contribuição do Baixo Amazonas para a economia do Grão-Pará, é de entender qual foi o papel da economia cacaueira para a região, já que o cacau foi o gênero de maior destaque no período colonial e também se destaca como uma grande produto em finais do século XVIII nas principais localidades ao longo do rio Tapajós.

    Voltando para a sua questão, utilizo como fontes o mapa com os cabeça de família do Pará e Rio Negro de 1778 a 1781 que se encontra no AHU - Projeto Resgate Pará e nele identifico nas cidades de Santarém, Monte Alegre e Óbidos, uma quantidade significativa, principalmente na Vila de Santarém, de plantadores de cacau, além dessa fonte, trabalho com as "correspondências de diversos com o governo" pertencentes ao Arquivo Público do Estado do Pará, e nessas cartas encontro informações de relações de negócio com o cacau, além de relações de indígenas que foram ao sertão extrair o gênero e também a quantidade de cacau que foi retirada da expedição.

    Espero ter respondido a sua pergunta.

    Alice.

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  3. Primeiramente, parabéns pelo excelente texto. Gostaria de saber como o trabalho escravo contribuiu para que a atividade econômica crescesse na região?
    Maria Karoline Campelo Bezerra

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  4. Olá,

    Muito obrigada por ler o meu texto. As fontes e a bibliografia que utilizo indicam que o crescimento das plantações de cacau devido as politicas pombalinas implantadas na segunda metade do século XVIII, influenciaram para o aumento da população escrava no Baixo Amazonas. Logo, os colonos proprietários de sesmarias possuíam uma quantidade plausível de escravos para trabalhar nas lavouras e que juntamente com trabalho indígena contribuíram para a economia da região.

    Alice.

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